sexta-feira, 9 de julho de 2010

SELEÇÃO DA SEMIFINAL

Como de praxe, um tópico com a seleção da rodada.

A semifinal entre Uruguai x Holanda e Espanha x Alemanha foi fantástica. Uma pena os nossos vizinhos uruguaios terem sido eliminados exatamente por nossos algozes, mas temos de admitir a superioridade da laranja sobre a celeste. Mais uma vez o destaque foi Wesley Sneijder, jogador que tem tudo para conquistar o título de melhor jogador da Copa.

Do outro lado a Espanha jogou de forma excepcional e conseguiu bloquear a máquina alemã. Com o time jogando mais no campo do adversário, especialmente com Xavi, Iniesta e Xabi Alonso, a Espanha neutralizou os contra-ataques e ainda conseguiu levar perigo ao gol de Neuer.

Bom, mesmo com apenas 4 times envolvidos, poderíamos fazer pelo menos duas seleções com a quantidade de jogadores que se destacaram na semifinal, mas realmente alguns foram mais decisivos e entram com méritos nessa seleção.

Os quatro goleiros envolvidos foram muito bem. Muslera do Uruguai fez defesas importantes, Stekelenburg fechou o gol, Neuer evitou outros gols da Fúria, mas Casillas mostrou porque é o segundo melhor goleiro do mundo. Foi vital para a conquista da Espanha e manteve-se o tempo todo seguro, organizando o esquema defensivo e agilizando a reposição de bola. Por isso é o nosso número 1.

Na lateral-direita alguns diriam que Lahm era barbada, mas ele não correspondeu. Foi mais lento como de costume e deixou a desejar, especialmente no quesito ofensividade. É um baita lateral, mas não foi efetivo como Sergio Ramos. O lateral zagueiro mostrou a vitalidade de sempre e anulou as investidas do adversário.

O zagueiro principal dessa seleção não estava aparecendo tanto quanto o seu companheiro de zaga, mas fez um gol que decidiu a favor da sua seleção. Além de marcar, Puyol foi um leão em campo. Conseguiu evitar as subidas do ataque alemão e ainda teve boas saídas pelo seu lado.

Piqué também foi de grande importância para a passagem da Espanha para a grande final. Junto com Puyol anulou a blitz alemã e mostrou porque é um dos candidatos a zagueiro da seleção da copa.

Outro que marcou um gol importantíssimo foi o lateral-esquerdo Giovani Van Bronckhorst da Holanda. Apesar de ser chamado de lateral, Gio parece jogar pelo antigo carrossel holandês, por estar em vários setores do campo. Na hora do golaço era praticamente um meia esquerda. Na defesa foi importantíssimo para anular o ataque uruguaio. É um jogador experiente e vital para a Holanda.

O volante Busquets é o que menos aparece no time espanhol, mas é o que mais trabalha. Faz uma função importantíssima um pouco a frente da zaga. Tem boa saída de bola e marca tão bem quanto Marcos Senna. A diferença é a habilidade e a rapidez na condução. Conduz o piano espanhol.

Schweinsteiger não jogou tão bem quanto Van Bommel e nem foi melhor que Xabi Alonso. Aliás, Xabi é, juntamente com Busquets, o dono do meio-campo. Chuta muito bem e tem uma certa noção de marcação, o que evita a sobrecarga sobre o companheiro. Foi muito bem contra a Alemanha e merece estar nessa seleção.

Como já havia dito, Sneijder tem tudo para ser o melhor da Copa. Foi mais uma vez decisivo e ajudou a colocar a Holanda na final. Volta para a seleção com maestria.

No ataque destaco a entrega de Forlán. Ataca, defende, decide. Pena que não haviam três ou quatro dele em campo. Para completar, Robben e Villa aparecem para reforçar o ataque dos sonhos. Um renasceu depois da ausência nos jogos iniciais, o outro desde o primeiro jogo da Fúria vem mostrando que é o toureiro matador.

Vicente Del Bosque completa essa seleção furiosa. Até gosto da visão do técnico holandês, mas prefiro a humildade e serenidade de Del Bosque.

CASILLAS (ESPANHA)
VAN DER VIEW (HOLANDA)
PIQUÉ (ESPANHA)
PUYOL (ESPANHA)
VAN BRONCKHORST (HOLANDA)
BUSQUETS (ESPANHA)
XABI ALONSO (ESPANHA)
SNEIJDER (HOLANDA)
ROBBEN (HOLANDA)
FORLÁN (URUGUAI)
DAVID VILLA (ESPANHA)

VICENTE DEL BOSQUE (ESPANHA)

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