terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brasil Futebol Clube

Uns chamam de quadrado perfeito. Outros, especialmente os fãs de quadrinhos, preferem o imponente “quarteto fantástico”. Os mais criativos farão ainda uma variação, usando o trocadilho “quarteto santástico”, alusivo aos quatro jogadores que jogam no Santos.

O que mais me agrada nessas analogias é que na Era Pelé a seleção também foi composta por verdadeiros craques do Santos, como Coutinho, Pepe e CIA “ilimitada”.

Não que o atual quadrado do Santos, composto por Ganso, Neymar, Robinho e André seja equiparável ao da Era Pelé, mas para os supersticiosos, é um sinal positivo, um indício de que estamos no caminho certo, próximos de reviver a áurea história escrita por Pelé, tanto no Santos, como na Seleção.

Os mais pessimistas dirão que o atual elenco é jovem demais, que fracassaram em suas missões com as categorias de base, já que Neymar naufragou com a sub-17, enquanto Ganso perdeu a final para Gana, no mundial sub-20.

Em contrapartida, devemos nos atentar para os números conquistados pelo Santos de Neymar, Robinho, Ganso e André. Com um ataque avassalador, o time comandado por Dorival conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil com uma saraivada de gols dessa garotada. Todos jogando sem medo, com alegria e paixão bem características do futebol arte brasileiro.

Além do mais, a chegada de Mano Menezes, um técnico experiente e proativo, profundo conhecedor de futebol, pode produzir um dos times mais perfeitos de todos os tempos, especialmente com a tarimba de jogadores remanescentes de copas perdidas, como é o caso de Robinho, Kaká, Daniel Alves e CIA. É a junção de um comandante que não tem medo de arriscar, com jogadores que não se acanham em tentar em campo o renascimento de um futebol bonito e ousado.

O que se sabe da atual seleção que enfrenta os EUA hoje, em Nova Jersey, é a manutenção do esquema preferido de Mano Menezes, o 4-3-3. Ele costuma armar um tridente de meio campo bastante eficiente, com um cabeça de área que sabe sair jogando, um segundo volante com características ofensivas e um meia habilidoso que saiba municiar o ataque. Mais a frente joga com dois jogadores abertos pelas pontas e um centroavante de origem, que saiba fazer a parede. Foi assim com o Corinthians campeão da série B, do Paulista e da Copa do Brasil.

Bom, se ele conseguiu montar um esquadrão tão poderoso usando jogadores desconhecidos e alguns da base, quem dirá como técnico da Seleção mais poderosa do mundo, que produz craques diariamente e ainda exporta para outras seleções.

Não tenho a menor dúvida de que estamos no caminho certo. E que fique claro que essa minha empolgação não se deve única e exclusivamente ao meu lado corinthiano, mas ao meu lado brasileiro, torcedor e amante do futebol coletivo, sem cor, credo ou torcida favorita. É Brasil Futebol Clube e ponto.

domingo, 1 de agosto de 2010

MOEDAS DE TROCA

Seria essa geração da Copa de 2010 a do fracasso?

Muito se lê sobre o mercado de contratações, mas pouco se fala da defasagem e da desvalorização dos nossos craques brasileiros.

Kaká e Robinho viraram moedas de troca. É isso mesmo que você acabou de ler! Se antes os dois eram promessas de espetáculo e títulos, nos dias de hoje viraram um estorvo, um gasto desnecessário, visto que seus salários são altos e o retorno irrisório.

O ex-craque do Milan chegou a ganhar o prêmio de melhor do mundo, mas hoje figura nos principais jornais como uma rica moeda de troca. Especula-se que será vendido pra comprar Özil. Ou que será devolvido ao Milan em troca de Alexandre Pato.

Cá entre nós...O craque evangélico tá precisando rezar um pouco, pois a uruca é grande. Antes da Copa foi muito criticado e até acusado de corpo mole. Pouco jogou com a camisa real madrilenha e quando entrou não correspondeu.

Podemos dizer o mesmo de Robinho, que arrebentou no Santos, foi para o Real e jogou para o gasto. Fez que fez para sair e ao invés de ir para o Chelsea de Felipão, foi ganancioso demais e partiu para um time medíocre, que só tem dinheiro, mas não tem um manager pra administrar a verba. Muito menos técnico...Montou um elenco cheio de estrelas e não conseguiu nada expressivo. Robinho foi para o banco e por lá ficou. Depois chorou pra voltar ao Santos e até jogou uma bolinha, mas nada surpreendente.

Na copa chegou com status de salvador. Junto com Kaká era tido como uma promessa, mas realmente, só ficou na promessa.

Assim como Kaká, pouco participou das copas de 2006 e 2010. Virou moeda de troca e chegou a ter o seu nome envolvido com o de Ibrahimovic, num troca-troca envolvendo milhões. Mas Pep Guardiola, técnico do Barça não quis o habilidoso jogador brasileiro, que um dia chegou a ser comparado com Pelé.

Fica um alerta. Que jogadores como o William ex-corinthians, Alex Teixeira ex-Vasco, Douglas Costa ex-Grêmio, Luis Adriano ex-Internacional, Ilsinho ex-São Paulo, todos craques promissores com idade para a copa de 2014, consigam fugir do modestíssimo Shaktar Donetsk, pois se continuar essa debandada de bons jogadores para times pequenos, só por dinheiro, provavelmente teremos mais uma geração de fracassados como Kaká e Robinho. Moedas de troca que não rendem nem em campo, nem em cofrinho.